São Gabriel

Escola onde menino teve a mão decepada pede ajuda à Brigada Militar

Pâmela Rubin Matge

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A escola de São Gabriel onde um adolescente teve a mão decepada em uma briga pede ajuda da Brigada Militar. A necessidade de reforçar o policiamento ostensivo na região do Colégio Polivalente  é uma decisão tomada em reunião ocorrida na última segunda-feira entre pais, direção, Conselho Escolar e 19ª Coordenadoria de Educação (19ª CRE).

Além do reforço na segurança, os participantes decidiram que o Conselho Tutelar de São Gabriel promoverá uma palestra sobre o tema violência no ambiente escolar na Escola Estadual João Pedro Nunes, o Polivalente. O evento ocorrerá na próxima sexta-feira, às 8h e às 13h30min. Segundo o coordenador do Conselho Tutelar, Felipe Ferreira, o intuito é acalmar a sociedade, que está assustada com o fato, envolvendo dois adolescentes, de 16 e 14 anos.
 
_ Ficou definido que seria solicitado à Brigada Militar um patrulhamento ostensivo na área da escola e nos comprometemos em realizar a palestra com o apoio do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, da BM) _ afirma Ferreira.

A coordenadora da 19ª CRE, Meire Torres Garagorry, salientou que o Colégio Polivalente com 1,2 mil alunos não tem histórico de agressões no ambiente escolar:

_ Foi uma desavença extraescolar. Queremos deixar claro que não foi uma briga da escola, mas dentro da escola. É lamentável, mas estamos tomando todas as providências e vamos enfrentar, junto com a sociedade que também busca respostas. É preciso implantar um projeto contra a violência e pela cultura da paz. Agora, não adianta só a escola ter segurança se a violência é gerada pelos próprios adolescentes _ pontua Meire.

Segundo a coordenadora, somente o menino de 14 anos que desferiu o golpe é aluno da escola. A vítima, de 16, não estuda no local. Em depoimento à Polícia Civil, o menino que agrediu relatou que tinha medo do adolescente há muito tempo e agiu em legítima defesa. Meire conta que conversou com a mãe do agressor, que relatou tentar de todas as formas afastar o filho da violência e de desentendimentos com outros meninos do bairro. Uma das alternativas foi mudar o garoto  para um município vizinho, mas ele retornou.
Ainda conforme a coordenadora, nenhuma testemunha alegou ter visto o menino entrar armado com a faca no pátio e os funcionários que ficam na portaria não são legalmente autorizados a revistar os alunos.

Menino tem histórico de negligência familiar

A briga envolvendo os dois adolescentes ocorreu no último sábado, durante um ensaio da banda do Poli, aberta à participação da comunidade e com ensaios no pátio da escola. Conforme Felipe Ferreira, o Conselho Tutelar não tem registro de brigas envolvendo nenhum dos dois meninos:

_ O que temos no conselho Tutelar é uma Ficai (Ficha de Aluno Infrequente) do adolescente de 14 anos, mas nada relacionado a qualquer tipo de agressão _ pontua.

Sobre o adolescente ferido, o Conselho Tutelar sabe que ele mora com a avó e tem registro de negligência familiar. Em 2011, chegou ser atendido por um Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) e tomava medicação controlada.

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